Guia Para Iniciantes: Como Escolher um Flash?
Falar de assuntos muito técnicos para iniciantes é desafiador, é preciso ter cuidado para a informação ser realmente útil, já que é necessário um conjunto de habilidades para o entendimento final.
Por isso, este artigo é sobre como escolher um speedlight para a sapata da câmera (ou hot shoe), ou ainda flash dedicado, mas não especificamente qual marca ou modelo você deve escolher. Claro que darei sugestões, mas vou procurar esclarecer algumas perguntas que mais escuto em meus workshops para ajuda-lo a pensar no que você realmente precisa, e assim você poder ter um direcionamento do que buscar para melhorar as suas fotos.
O Que é o Flash
O flash nada mais é que um dispositivo auxiliar de luz, a maioria das câmeras vem com um flash que é chamado de flash built-in ou seja, são os flashs incorporados nas câmeras e no caso da DSLRS os famosos Pop-Ups, que é aquele que abre automaticamente quando você fotografa cenas mais escuras usando alguns dos modos da zona básica da sua câmera.
Esse flash incorporado tem evoluído nos equipamentos mais novos usando uma tecnologia chamada TTL, que abordarei mais a frente.
Para saber se sua câmera possui ou não essa tecnologia, basta procurar no seu manual por algo parecido com “controle de flash incorporado” e provavelmente estará escrito TTL, ou E-TTL, ou ainda i-TTL, nas câmeras que permitem essa configuração.
Alguns modelos mais recentes da Nikon e Canon possuem essa tecnologia. Mas e se sua câmera não tiver esta tecnologia? Então você vai precisar usar a física a seu favor…
Lei Inversa do Quadrado
Usando a lei inversa do quadrado… ah eu vou ter que decorar isso? Não, você que já me acompanha sabe que gosto de falar da parte matemática, ou da física, por trás dos conceitos fotográficos pra ilustrar melhor e assim você irá ficar mais seguro daquilo que está fazendo.
Bom, a lei inversa do quadrado diz que em qualquer fonte de luz pontual, que é o caso do flash, a intensidade diminui a razão do quadrado da distância do ponto que se origina.
Hã? Simples, a intensidade de luz que um objeto recebe se ele estiver a 1 metro do flash é quatro vezes maior que a de um objeto a 2 metros, por quê?
Porque dois ao quadrado (2² = 2 x 2 = 4) é quatro. E se ele estiver a 3 metros do flash? Moleza, 3 ao quadrado é igual a 9, então ele vai receber 9 vezes menos luz. 4 metros? Você já sabe, 4² = 16 e assim vai…
E saber disso já pode te dar ideias de como trabalhar essa luz, independente de tecnologias de câmeras ou flashs, é a ciência te ajudando a conquistar a sua foto J
Flash Pop Up
Flash pop up via Shutterstock
Agora que você já sabe usar a lei inversa do quadrado, algumas considerações sobre os flashs incorporados ou Pop Up.
Uma coisa legal pra se considerar para o flash Pop-UP é usar um difusor ou rebatedor de flash, existem vários lugares que vendem e você também pode procurar no mercado livre, ou ainda fazer o seu próprio difusor ou rebaterdor!
Agora, se você só está com uma câmera com flash incorporado e não tem nenhum difusor ou rebatedor, vale colocar uma folha de papel, copinho de café, qualquer coisa que possa fazer essa luz ficar mais suave para conseguir um resultado mais harmonioso para sua foto.
Flash Externo
Flash Externo via Shutterstock
Agora vamos falar do flash externo!
A coisa mais importante é que os flashs precisam ser compatíveis com sua câmera e isso independe da marca, alguns modelos de câmeras possuem flashs específicos para aquele modelo como no caso de algumas mirrorless ou alguma outra marca, que não seja Nikon ou Canon, e aí você precisa ver no seu manual qual flash é compatível.
Ok, entendi, então seu eu quiser usar um flash externo, basta que ele seja compatível com minha câmera? Sim, e que sua câmera possua uma “sapata de flash” que é essa aí debaixo.
Usado na sapata da câmera, ele poderá ser usado como um flash direto, como a única luz principal ou um flash de reflexo (ou rebatido), ou ainda como um flash de preenchimento, possivelmente para clarear sombras escuras em um sol forte.
O flash pode ser usado fora da câmera também, com sombrinhas ou com outros modificadores de luz como Snoot que é usado para fazer aquela luz de cabelo, ou Beauty Dish que é mais usado pra fazer retrato, globo difusor que é usado pra fazer efeito de luz de fundo entre outros, então o flash é bem versátil e algo que vale você se dedicar pra aprender.
Eu preciso de Flash?
A primeira pergunta que você deve ser fazer é “Como vou usar o flash?”. Ou seja, o que você precisa que ele faça? A resposta mais lógica é que será usado para qualquer momento em que a luz esteja fraca ou ausente, é claro, mas há várias opções, e muitas coisas para fazer. A questão é: Você realmente fará essas coisas? Afinal, de que recursos você precisa?
Se a ideia é usá-lo apenas como um flash direto na câmera, sempre voltado para frente, simplesmente para ser um flash mais forte do que o pequeno flash interno da câmera, que é o que acontece com a maioria dos iniciantes, talvez você não precise de muitos recursos, principalmente se ainda fotografar tudo no modo automático, e nesse caso os modelos de flash TTL devem ser suficiente com o modo automático (de apontar e disparar) até você estar pronto para aprender mais, o segundo modo que também pode ser muito útil é o modo Manual do flash, que tenho certeza que você como iniciante, é totalmente capaz de dominá-lo com um pouco de treino e paciência. Mas não se engane, embora o flash seja fácil e extremamente recompensador, ele é um pouco diferente, e você terá que se dedicar.
Modo TTL
Note que o termo TTL tem alguns significados diferentes. Nós dizemos TTL geralmente (que significa apenas qualquer medição automática Através das Lentes (Through The Lens), mas há designs diferentes, e para a Nikon DSLR de hoje (aquelas desde 2003), nós sempre queremos dizer especificamente unidades de flash i-TTL (que nós também chamamos de TTL), e para Canon E-TTL.
E esse é um modo de flash automático, quando seu flash está configurado para o TTL, basta apontar e disparar, fácil de fazer, assim como o flash nas câmeras compactas, você não precisa ser preocupar em configurá-lo, a diferença é que no caso do TTL, ele verifica primeiro a fotometria que a câmera fez (abertura x velocidade e ISO) e depois dispara a carga necessária para a iluminação da cena ou objeto. Por exemplo, se a sua câmera fez a fotometria e, por diversas razões, subexpôs a cena, ou seja, a deixou escura em pelo menos 1 stop, o flash simplesmente compensará esse stop jogando luz de acordo com o que faltou, se ela subexpôr em 2 stops, de novo ele compensará e assim por diante, até a limitação dele.
O TTL é bem útil, para um flash que você carrega por aí, principalmente para seguir movimento (crianças correndo, etc.). Mas mais uma vez, nós temos que prestar atenção e às vezes corrigir porque é possível que a compensação de luz do flash, em termos técnicos, esteja correta, mas a foto pode continuar escura, e como corrigir? A vantagem do TTL também é a sua desvantagem, uma vez que ele sempre complementa a sua fotometria, mesmo que você refaça a foto “escura” no modo manual, o Flash TTL continuará compensando da mesma forma. Supondo que você aumente a luz da foto abrindo sua abertura, ele então entenderá que sua foto precisa de menos luz, o que quero dizer é que normalmente você sempre terá um resultado muito parecido em uma situação específica quando estiver usando o modo TTL. Bom, a forma como nós controlamos o flash DSLR TTL é usando a Compensação do Flash na câmera que é o controle da “força” do disparo, o controle da potência do flash dentro do sistema TTL. Ao compensar o flash para + (mais), ele dispara mais forte, ao compensar para – (menos) ele dispara mais fraco. Neste sentido, a capacidade TTL está muito a frente do flash automático da câmera compacta.
Compatibilidade – TTL
Os flashes que podem fazer TTL precisam ser compatíveis com o sistema da marca da câmera, especificamente, ele precisa especificar i-TTL para a Nikon, ou E-TTL para a Canon, etc. (esta compatibilidade é chamada de dedicação da marca, dedicada a trabalhar com o sistema de uma câmera). Especificações do TTL precisam mencionar que são dedicadas à marca da sua câmera (digamos, “para Nikon”, etc.). Entre outras coisas, os pinos da sapata são diferentes entre as marcas.
Modo Manual
Já o flash manual é completamente diferente do flash TTL que você aponta e dispara. Nenhum detalhe é automático nesse modo, como o próprio nome diz. O modo de flash manual significa que é VOCÊ que tem que configurar manualmente o nível de potência do flash para conseguir a exposição correta de cada imagem – nada mais, a não ser o operador humano (você) irá fazer isso.
Nesse caso ele pode oferecer o máximo de controle no uso fixo de estúdios, por exemplo, para que você possa fazer exatamente o que quer, sem que a automatização entre em seu caminho. Um fotômetro de mão é frequentemente usado para as luzes do flash de estúdio, mas para um flash de sapata usando o modo manual (do flash!) é fácil de ajustar por tentativa e erro – observando os resultados no LCD da câmera e o histograma, e depois corrigindo para como você quer que fique.
Simplesmente porque o resultado será como na última vez em que você fotografou uma situação semelhante, mas sem um fotômetro de mão, isso pode envolver algumas tentativas, e francamente, você tem que estar disposto para fazer isso. Nem todo mundo está, mas o flash manual pode oferecer um controle mais exato… se você tiver tempo e paciência, eu sei, já disse isso, mas é sempre bom lembrar 😉
E conforme você vai conhecendo o ambiente e a configuração que usou ali, fica mais fácil continuar fotografando nesse ambiente. Vou te dar um exemplo, no estúdio eu costumo usar 3 flashs de estúdio, conhecido como tochas também, e cada um deles permite várias configurações de potência, mas eu já uso há tanto tempo, que acerto a fotometria 90% das vezes, ou seja, a quantidade exata de luz, sem precisar usar o fotômetro de mão, porque já conheço os resultados naquele ambiente e o mesmo pode acontecer com você se estiver fazendo uma sessão de retratos em um quarto, por exemplo, a hora que você, através da tentativa e erro, acertar a potência que precisa, pode aumentar e diminuir de acordo com a sua necessidade, ou resultado, que você quer nas suas fotos.
Agora, se você estiver tentando acompanhar um movimento, como crianças correndo, ou estiver enquadrando diferentes crianças em uma festa, você não terá muito tempo para ajustar o flash manual para cada foto. Nesse caso o TTL é mais indicado e você ainda tem a compensação de exposição para utilizar a seu favor.
Tanto o modo Manual, quanto o TTL, possuem suas vantagens e desvantagens nas situações de controle fixo vs. apontar e disparar no automático, então há bons usos para os dois. Pense um pouco sobre o que pode realmente ajuda-lo. Eu uso principalmente o flash manual em situações fixas ou de estúdio e o flash TTL para a maioria das outras situações (como o flash de preenchimento no sol forte, ou o flash de rebatimento TTL para fotos dentro de locais fechados).
Compatibilidade – Manual
Flashs apenas de modo manual não requerem uma dedicação da marca. Estes usam apenas o contato central do pino da sapata, o que providencia apenas o modo de flash manual, e a compatibilidade da marca não é importante nesse caso, desde que encaixe na sapata (Minolta e Sony usam uma sapata diferente, fora isso, as sapatas são padrões para o flash manual – ou melhor, padrões o suficiente para o flash manual). Porém, se o flash manual der zoom para seguir a câmera, ele irá especificar algum grau de compatibilidade da marca, e se comunicará com a câmera de alguma forma, fique atento.
Principais Recursos a se considerar
Modos do Flash
Manual e/ou TTL, é claro, e alguns modelos tem outros modos muito interessantes também como o Zoom, nesse modo quanto mais zoom você der no flash, mais estreita será a luz que vai sair e ao contrário, quanto menos zoom, mais ampla será a luz que sairá do flash.
Ou seja, o motor de uma cabeça de flash dando zoom para seguir o zoom da lente é comum em melhores modelos de flash. O zoom concentra a potência do flash em uma área menor (para combinar com o que a lente vê). O raio concentrado é mais brilhante (dentro dessa área menor). Isto não desperdiça a potência do flash iluminando a área fora do que a lente pode ver. Dando zoom ou não, é importante saber quais são as maiores lentes que o flash irá cobrir, como 24mm FX ou 18mm FX, etc. E se ele der zoom, é bom saber até onde ele irá dar zoom, como para uma lente de 85mm ou 105mm (Esses são normalmente números de zoom FX). Ele ainda funciona se der zoom ou não, apenas não fica mais brilhante quando usado em um menor ângulo de cobertura.
Pra quem está iniciando, que é o nosso caso aqui, são grandes as chances de você usar na maior parte do tempo o TTL. E é algo realmente útil!
Potência
A classificação de potência é anunciada de forma inconsistente para os flashs de sapata, mas a classificação é feita “por Número Guia (NG)” que é produto da distância do flash x f/stop, para o caso que especifica a exposição correta.
De novo, veja seu manual, neste caso, o do flash, irá ajuda-lo a descobrir qual o seu NG, em princípio, quanto maior, mais potência, a única questão é que esta potência é passada pelo fabricante em condições muito específicas, inclusive de temperatura, o que não acontece na prática, então um flash com NG 30 poderá ser menos potente na realidade na maioria dos usos, o que não impede de ter um ótimo desempenho, isso é para você não ficar tão preso somente à potência de um flash, existem outros recursos que podem ser mais interessantes para quem está iniciando.
Flahs com zoom possuem vários valores de Número Guia (para cada valor do zoom). Um padrão antigo era anunciar números guias com zoom de 35mm. Mais tarde, muitos começaram a anunciar o NG máximo (no zoom máximo, o maior valor do NG). Então Se você der zoom, realmente precisará da tabela do Número Guia no manual do usuário para ver a situação completa. Nós só podemos comparar Números Guias numericamente se estiver na mesma cobertura do zoom.
Velocidade
Outro recurso a se considerar é a velocidade – Que é a duração curta do flash para congelar o movimento. Os flashes da câmera (flash interno ou flash da sapata, operando com pilhas) são chamados de speedlights, porque eles incluem circuitos especiais para interromper o flash (para desliga-lo). Eles usam menores níveis de potência quando utilizam a duração do flash desta forma, assim ele consegue ter uma duração muito menor com menor potência. Portanto, operar com baixos níveis de potência os torna muito rápidos, adequados para capturarem pingos de água ou asas de beija-flores, com durações de flash de 1/4000 até 1/30000 segundos, bem rápido. Se a duração do flash for muito rápida (curta), e se a luz do ambiente for fraca, então todas as luzes na imagem são do flash de curta duração, que podem ser significativamente mais rápidas do que qualquer velocidade do obturador.
Inclusive nos flashs de estúdio você precisa fotografar com velocidade de sincronismo, isso quer dizer o que? Que se sua câmera, na maioria dos modelos atuais, fotografar com uma velocidade acima de 1/500, por exemplo, você provavelmente vai obter uma foto onde pelo menos metade dela estará completamente preta, e isso acontece porque seu obturador foi mais rápido do que o disparo da luz do flash.
Cabeça
Flash em diferentes ângulos via Shutterstock
Bom, outro recurso é a mobilidade da cabeça do flash, é a capacidade dele de se inclinar para fazer o reflexo no teto e também de girar para os lados, porque permite um reflexo no teto quando a câmera está virada para orientação de retrato, o que permite destaques e sombras mais suaves, e não uma luz frontal direta, considerada entediante, dura e muitas vezes feia.
Rebatedores
Também é um recurso interessante, alguns flashs já possuem um rebatedor no próprio flash, mas como disse antes, você pode criar o seu próprio rebatedor ou também comprar, já que existem muitos modelos diferentes no mercado.
Tempo de reciclagem
É o tempo de espera enquanto o flash carrega após um disparo, e é importante, mas é difícil de julgar as especificações, porque o tempo máximo depende do tipo de bateria usado (alcalina, NiMH, recarregável, etc.). O tempo de reciclagem é especificado pelos fabricantes para a potência máxima do flash usando pilhas novas, provavelmente NiMH, porque elas são mais rápidas. Baixos níveis de potência devem ser muito mais rápidos, quase que imediatos, mas a potência total leva um tempo consideravelmente maior, e pilhas fracas levam ainda mais tempo, e também as pilhas alcalinas são mais lentas do que as NiMH recarregáveis, ou seja, tudo isso influi na performance do seu flash.
E sim, dependendo do tipo de fotografia que você vai abraçar, é um recurso mais importante ainda. Pra mim isso foi determinante por causa da fotografia de Casamento, você não pode correr o risco de perder o beijo da noiva porque o flash não recarregou, então um flash com um tempo de reciclagem rápida é muito importante pra quem faz fotografia de eventos, e claro pilhas novas sempre é importante, seja ela do tipo que for, né?
Mobilidade
Fotografando na praia via Shutterstock
Capacidade de funcionar fora da câmera (não na sapata), por exemplo, com uma sombrinha. Você pode achar que isto é de praxe, mas nem sempre é tão óbvio, alguns flashes são simples demais para fazerem isso. Por exemplo, o Nikon SB-300 e SB-400 não possuem capacidade de menu, e ao invés disso, esses modelos especiais usam o menu da câmera para o flash TTL ou Manual, o que significa que eles não podem funcionar se não estiverem conectados na sapata da câmera (eles funcionam com um fio de extensão da sapata SC-28 ou SC-17). Nesse caso, os seguintes métodos de controle remoto são utilizados, lembrando que trarei aqui os tipos, mas não me aprofundarei neles para não ser um excesso de informação técnica, assim, caso lhe interesse, você estará habilitado a fazer buscas pelo método que mais lhe interessar:
Métodos de controle remoto fora da câmera, ativados por fio:
- Speedlight na sapata da camera.
- Fio de extensão da sapata. Fio de sincronização com PC. O PC é apenas para modo de flash Manual.
Métodos de controle remoto fora da câmera, ativados sem fio:
- Ativador ótico. Apenas para modo de flash manual.
- Ativador por radio. Quase todos são apenas para flash Manual, mas alguns podem suportar TTL.
- Sistemas de câmera proprietários que só funcionam com flashes de sistema (por exemplo, Nikon Commander).
E esses foram os principais recursos que acredito sejam importantes a se considerar se estiver pensando em investir em um flash. Mas você encontra esses recursos em todos os modelos? Não.
Outros Modelos
Falando dos modelos mais baratos de outras marcas, que não sejam Nikon ou Canon. É possível encontrar modelos bem em conta que possuem apenas o modo de flash Manual (sem TTL). Ou alguns modelos baratos possuem apenas o modo de flash TTL – Sem modo Manual, apenas flash automatizado. Isso economiza no custo do hardware e da apresentação do menu e dos botões. Esta parece ser a opção ideal para aqueles que não querem recursos – para um flash automático direto, apenas para ter mais potência do que o flash interno, os popups. Mas mais recursos podem realmente ajudar quando você tiver interesse (zoom, ajuste e suporte giratório e potência de reflexo, uso fora da câmera, etc.). Interpretar as especificações sobre o que um flash faz nem sempre é fácil, mas certifique-se que o flash TTL é compatível com a marca de sua câmera (Nikon ou Canon, etc.). Caso contrário, o TTL não irá funcionar.
A ideia aqui, é que você realmente invista em um flash que possa acompanhar a sua evolução fotográfica, mas caso você já tenha algum, não precisa se desfazer dele, desde que ele cumpra minimamente as funções que você precisa.
E minha dica é que você pesquise os recursos antes de comprar, para isso leia todos os comentários dos usuários postados em fóruns, veja se o fabricante do flash tem um site com o manual do usuário (para ver descrições e especificações, mas também, o manual do usuário provavelmente tem uma tabela de Números Guias). Além disso, para um modelo específico, procure no Google pela marca, modelo e a palavra Análise ou Review. Vale também pesquisar em sites internacionais como o da B&H, mesmo que você não vá comprar lá.
Então Como Começar Com o Flash?
Apenas uma ideia rápida para iniciantes que nunca usaram uma câmera com um flash externo. Lembre-se, um pouco de experiência será muito útil. Estou falando de uma DSLR em um flash para a sapata (e capacidades máximas de potência irão variar, é claro). Note que o menu da câmera DSLR que configura o modo TTL ou Manual é apenas sobre o flash interno da câmera, que fica completamente fora de questão quando ele está fechado. Um flash para sapata tem seu próprio menu e ignora completamente o menu da câmera (SB-300 e SB-400 são exceções, eles não possuem seus próprios menus de LCD, então você precisa usar o menu da câmera em modelos de câmeras criados para reconhecer esses dois modelos).
Para um flash de preenchimento em exteriores, sob um sol forte, conhecido também como fill flash, você pode colocar o modo P da câmera, e utilizar o sistema TTL BL da Nikon, que é o equivalente ao E-TTL II da Canon, e assim pode usar o flash de preenchimento equilibrado automaticamente. O flash de preenchimento pode fazer uma enorme diferença para fotos de pessoas sob um sol forte. Ele faz aquele leve preenchimento aonde está mais escuro, clareando as sombras mais duras e deixando um resultado muito mais profissional à sua foto.
Já para fotos feitas em ambientes internos, configure a câmera para o modo de cena A (Prioridade de Abertura) ou M, o nosso bom e conhecido modo Manual, lembrando que um flash TTL ainda é um flash automático, mesmo quando você está usando a câmera no modo manual. A Velocidade do obturador pode ficar entre 1/60 a 1/200 de segundo, o que não importa para o flash, já que ele vai estar compensando, e são velocidades que não tremem, então não trazem prejuízo à nitidez da sua foto. Outra dica importante, é não usar o ISO no automático, em interiores, por exemplo, isso fará com que as luzes incandescentes laranjas fiquem bem brilhantes e muitas vezes queimadas, sendo muito difícil corrigir na pós-produção.
Essa dica de colocar o Flash no modo de prioridade de abertura em interiores, é pra anotar e realmente testar, se o que você estiver fotografando não tiver movimento, minha dica é fotografar no modo manual e baixar a velocidade para 1/15 mais ou menos, porque assim você vai ter mais luz da fotometria e o flash vai acabar fazendo o “Fill Flash”, o flash de preenchimento, e os resultados costumam ser muito mais bonitos, porque isso permite que suas fotos fiquem com fundo, se você reparar bem, umas das coisas que diferenciam as fotografias profissionais, é que elas possuem fundo, ou seja, você consegue ver o que tem atrás do que você está fotografando, e não simplesmente uma pessoa com um fundo preto chapado.
E nesse caso o que vai te ajudar a ter este tipo de resultado é o domínio da fotometria, ou seja, uma dupla e tanto: Fotometria/Flash.
Conclusão
Depois de tudo isso, você se pergunta, mas dá pra viver sem flash? Sim, dá pra viver sem flash, mas pra isso você vai precisar de lentes mais claras e por isso, mais caras também, e um domínio muito grande da fotometria.
Então se você está iniciando e fotografa por hobby, provavelmente o flash não vai ser indispensável. Se estiver disposto a estudar Fotometria, vai poder sobreviver a maior parte do tempo sem um flash externo, principalmente se sua câmera DSLR for recente e já possuir o TTL embutido no flash interno da câmera.
Agora se a ideia, é evoluir, fotografar eventos, mesmo que familiares e principalmente à noite, considere pelo menos um flash como o Yongnuo que possui um excelente custo x benefício!
Por isso quero recomendar fortemente que você assista e esta videoaula completíssima feita pelo João Rey, gerente e especialista em equipamentos da Paixão câmeras, sobre os modelos de flash Yongnuo YN560, YN565 e YN568, além das especificações técnicas, ele mostras todas as funções desses flashs, e por isso uma aula que vale a pena assistir pra ficar por dentro das possibilidades desses speedlights.
Não deixe de curtir e se inscrever no canal porque é muito bem feito e o João responde a todas as perguntas 😉
E se você se interessou pelo assunto, outra videoaula que pode ser muito útil para utilizar seu novo flash em mais possibilidades é esta aqui sobre modificadores de luz para speedlight!
Espero que tenha gostado e principalmente ajudado a aprender os princípios básicos para a escolha de um flash externo para sua câmera.
Seria humanamente impossível responder a perguntas técnicas sobre flashs já que os modelos são muito diferentes e existem muitas câmeras e configurações envolvidas, você precisará realmente procurar na internet os reviews e opiniões de outros usuários, mas como a maioria dos nossos leitores são hobbystas e iniciantes, minha dica final é: invista em um flash como o Yongnuo, tenho amigos fotógrafos profissionais americanos que fizeram a troca e estão muito felizes!
Ou se preferir invista nos flashs dedicados à sua marca, principalmente se sua câmera for mais recente, existem modelos excelentes, e depois deste artigo, tenho certeza que ficará mais fácil escolher.
Espero que este artigo ajude a iluminar suas próximas fotos, e se você gostou, não deixe de comentar e compartilhar nas redes sociais, assim você colabora pra que eu continue a trazer artigos como esse!
Grande abraço e até breve,
Imagem destacada: Fotógrafo de imprensa via Shutterstock
Parabéns pelo excelente texto! Impressionante mesmo.
Que bom que gostou André!!Abraços,Simxer
Boa tarde,
Sou amadora e recentemente comprei o flash YN565, minha camera eh a D7000 Nikon. Quando estou fotografando c o flash externo na camera, em determinados momentos o flash embutido dispara c o externo e a foto fica estouradissima. Como resolver essa questão?
Grata
Você precisa entrar em contato com o suporte do se flash, mas antes verifique se ele está bem encaixado, isso não deveria acontecer, na verdade nunca conheci ninguém com esse tipo de problema. Outra possibilidade são os contatos da sua câmera e aí o suporte seria o da Nikon.Abraços, Simxer
Humm, tá jóia. Muito obrigada.
Att,
Juliana
Ótimo texto! utilíssimo!
Obrigada Edison!! :))Abraços, Simxer
Olá, excelente matéria! Gostaria de uma ajuda: Sempre que vou usar o flash em lugares mais fechados e com pouca luz ele não dispara ou só dispara quando testo, mesmo no modo ttl. Também gostaria de saber se há alguma configuração que permita o disparo continuo enquanto estiver clicando. Obrigado
Oi Madson, você precisa verificar se é só o flash que não está disparando ou a câmera também, porque muitas vezes com pouca luz, a câmera não consegue foco suficiente e não dispara. Também pode ser bateria fraca do flash (ou pilhas). Quanto a segunda pergunta, eu entendi que você quer saber se o flash pode ficar disparando continuamente, certo? Porque as câmeras podem, no modo burst, depende só do modelo.
O Flash não, ele precisa se recarregar e o tempo de reciclagem como é chamado, varia de carga e modelo do flash.
Espero ter ajudado.
Abraços,
Simxer
Excelente matéria como sempre…..obrigado
Muito obrigada pelo comentário Clay!
Abraços,
Simxer
Gostaria que façam duas dicas de Fotografia para eventos da noite com Nikkor 50mm e a lente do Kit 18x55mm. Porque fotografar a noite e terrível…
É mais difícil mesmo Irapuan, você não disse qual a abertura da sua lente 50mm, mas com certeza é mais clara do que a 18-55mm. Você deve considerar comprar um flash externo se estiver com muitas dificuldades de conseguir luz, e isso é normal, somente as lentes não resolvem, é uma dobradinha lente e fotometria ou fotometria e flash que irá ajudá-lo a ter melhores resultados.
https://fotodicasbrasil.com.br/guia-para-iniciant…
Abraços,
Simxer